1- James JoyceEste homem me causa doença e aflição. Há algumas semanas me enfurnei no inominável F.W. e até o final dessa tortura estarei pesando apenas o equivalente aos meus ossos e órgãos internos. Anfetamina nada, deveriam vender James Joyce em cápsulas.
2- Oscar WildeDepois de Proust, o Oscar é minha biba literária preferida. Este era um homem que sabia o que fazia, ele resolveu ficar famoso e só depois colocar a literatura dele na roda. Além de ser um figura interessantíssima e um literato glorioso, foi também o rei da publicidade e propaganda. Mas é claro que aquele sogrão mal amado dele teve que estragar tudo… Mas até na decadência o homem era um L-U-X-O: foi morrer em Paris com direito a The Three Burials of Oscar Wilde e tudo mais.
3- Samuel BeckettSerá Beckett o maior dramaturgo do século XX? Será? Será? Peças de teatro à parte (Godot nem é tão genial assim… hehehe) o FDP teve grande parte na minha atual fase de abnegação completa, Beckett foi o maior incentivador de Joyce na escrita do inominável F.W. Quando eu digo que as pessoas se mancomunam contra mim, acham que sou paranóica! Taí a prova: Beckett e Joyce querendo estourar meus miolos! E quem não viu o curta Film com Buster Keaton ainda, façam-me o favor de assistir no Youtube ou lá no Ubu (entre outras cositas não menos generosas).
4- William Butler YeatsMas eu sou pobre e só tenho os meus sonhos.
Deitei-os todos aos teus pés
Pisa com cuidado,
É nos meus sonhos que estás a pisar.
Yeats foi um dos melhores e mais interessantes poetas do século XX, inclusive intrinsecamente ligado a um dos assuntos que mais me apetecem: o hermetismo (assim como Oscar Wilde, fez até parte da Golden Dawn). Sem falar que era lindo.
5- George Bernard ShawO homem não precisaria escrever mais nada além de Pigmalião que é uma obra pra lá de excepcional. Também foi amigo e correspondente do Bosie “do Wilde”, mas não da mesma forma, é claro (o que acabou rendendo uma peça para o Anthony Wynn). É impressionante como esses irlandeses são uns ligados aos outros e todos obcecados com o tal do Parnell. Mas o que importa é que Shaw é o mais fotogênico de todos, olhe essas pernocas e o que suponho ser sua prancha de surfe. Um arraso.
Menção honrosa: Leprechauns em geral. Eu e meu sobretudo verde me sentindo a Oscarina Wildeana na sua primeira fase carnavalesca, chega um amigo e diz: “Mas você está a cara de um Leprechaun!”. Adorei, é claro.
Nota: Aleluia! Consegui uma cópia do Nora com o McGregor no papel de Joyce. Ufa.