Não adianta, nenhum seriado atualmente é melhor escrito do que House. Compare com Lost que é o melhor seriado da tv americana hoje, mas é uma grande wikipedia televisiva, feita por uns poucos roteiristas, mas ainda uma coisa que só pára em pé devido à overdose de informação, tire isso e só vai restar o sorrizinho do Ben. House não, tire todos aqueles casos de medicina alienígena que arrematam a história e cada episódio fica quase que intacto, pois cada fala é um diamante lapidado, tirando as frases sobre a porcaria do Lupus, é claro.
Esse primeiro episódio pós-greve dos roteiristas é pleno de sua excelência, enquanto coisas como Heroes deitou-se na mais profunda mediocridade pela falta dos tipinhos que optaram por purgação voluntária, o recém visto episódio de House voltou como se fosse a própria ascensão do senhor. Sim, há a ironia profunda da greve das “enfermeiras”, um auto-flagelo genial da parte dos roteiristas, especialmente no momento em que uma das grevistas tem que abrir mão do panfleto ideológico para salvar algo que ama, afinal, eles destruiriam esse seriado perfeito por conflitos de menor valia?
Mas não só de auto-flagelo vivem os roteiristas, o melhor ficou para os minutos finais, na dolorosa e afiada conversa entre Cuddy e House sobre comandante e comandado, este aos olhos do público médio aparentemente sem muito valor nas palavras de Greg: “Elas voltaram? Nem notei. O que as enfermeiras fazem exatamente por aqui?”. Afinal, não tem como os roteiristas deixarem por muito tempo o Greg, em que outro lugar eles poderiam fazer-se ouvir como o fazem das entranhas do cara da bengala? Id maior não há.
Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.Greg quando ainda era enfermeira na Inglaterra.
Estava lendo a sinopse dos novos episódios de House na net e achei as histórias dos próximos capítulos promissoras. Esse último do Nice Guy não considerei ter sido um dos melhores, acho que o melhor ainda está por vir, apesar da sutil e genial metáfora empregada sobre a greve dos roteiristas, como você citou no post.
Também , estava com muito sono quando assisti ontem, então não tenho certeza do que estou falando, de qualquer forma só passei para dar um oi.
vou dormir! heheh
beijos
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Ah, também não é um dos meus preferidos, mas putz, achei lindo esse lance de voltar lavando a alma através do próprio roteiro, esse é o primeiro episódio que me deu real vontade de rever para ver se extraía mais sumo desse limão e acho que logo mais farei isso. E viva as enfermeiras e os roteiristas!
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Você já ouviu falar de uma série chamada Riget? Ou “The Kingdom”. Foi a inspiração pra tal Kingdom Hospital do Stephen King. Essa Riget foi feita pelo Lars Von Trier em 94, e tudo que consegui ler sobre a série me diz “isso é sensacional”, “veja agora”, etc. Parece que é sobre médicos sacanas trabalhando num hospital grotesco e assombrado.
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Com meu genero preferido de cultura são os quadrinhos eu estou acostumado a ver esse tipo de ironia. Mas das poucas vezes que eu vi o House, gostei bastante. Infelizmente, acho que por falta de saco para ver tanta tv, não tenho tv por assinatura, mas das que passam na tv aberta, ela é de longe a melhor.
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MEU, acho que Riget é a real obra prima do cara e olha que gosto bastante de Dogville (nada original em relação à cinema experimental, mas o homem querendo ou não, levou o cinema experimental para as massas por isso vire e mexe comparam Twin Peaks com Riget, nada mais pop-experimental do que Lynch e Trier). O foda do riget é que você até acaba esquecendo que é série de tv, sei lá aos nossos olhos a tv dinamarquesa parece coisa de outro mundo e o Von Trier trabalhou bastante com Tv. Ah, assista AGORA mesmo, hehehe
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Putz, nem sabia dessa serie Ridget, mas Trier é foda, confio no cara!
Assisti O Grande Chefe esses dias, para quem ainda não viu eu recomendo, mas é um pouco diferente dos outros filmes do Trier!
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O foda o cara é que ele se leva muito a sério e não confio em ninguém que se leva muito a sério, especialmente quando se trata do tal “o meu umbigo é mais limpo que o seu. o seu não presta”. Sei lá, estou naquela fase da vida em que se vira discípulo de Henri Bergson (mais especificamente de O Riso: ensaio sobre a significação da comicidade, meu livro de cabeceira há alguns meses) e se fica de saco cheio de qualquer manifestação artística pretensamente mais “elevada”. Ou tudo isso é excesso de anti-depressivos mesmo, hehehe
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Esses dias eu vi Medea, um dos primeiros filmes dele. Parece que foi baseado num roteiro inacabado do Dreyer e feito pra TV. É inacreditável de tão bom, parece que reviveram alguns pintores fodões pra fotografar um filme do Dreyer. E bem diferente do que ele fez depois.
Vou ver o Riget assim que conseguir consertar as legendas!
E Adriana, chegou a rever algum filme do judeu barbudo? Vou tentar escrever algo sobre Barry Lyndon até domingo, aí posto lá.
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Dá uma lida nesse texto:
http://www.eco.ufrj.br/semiosfera/anteriores/semiosfera01/representacao/txtsimb3.htm
Se eu não tivesse quase-certeza de que você não estudou na UFRJ, pensaria que era a autora do texto, hehe.
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Medea é algo que deveria rever, lembro-me de ter ficado impressionada quando o vi justamente pelo abismo entre as demais obras do Trier (que até então se restringia ao dogma 95), aquela coisa rústico-rococó no melhor sentido de estilo e não rustico no sentido do dogma, o que mais me impressionou foi a fotografia naqueles tons azul-cinza, minha então “roommate” que fazia psicologia apareceu com um VHS do filme e fez fez toda uma obra em cima a partir de Freud e suas obsessões com mitologia grega. Ficou bacana.
Revi o Lyndon, o Torrance e o Hartman e tenho lido seus posts, mas desde coisas ocorridas no feriado de Tiradentes ando num estado de ameba sem fim mais do que o habitual, me dê um tempo para que eu comente alguma coisa e até que volte a cuidar do meu próprio blog que tem sido um martírio para postar uma reles foto… Qual o prazo de entrega do seu TCC? Aí rola aqueles esquemas de prorrogação? acho que nunca conheci alguém que tenha entregado um TCC no prazo…
hahaha gostei do nome dela Adriana S. com um ataque de idolatria pelo coronel Kurtz! A guria começa o texto citando o A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica do Benjamin, kkkk, essa foi a primeira coisa que me obrigaram a ler na facul e lembro de ter metido o pau no Benjamin, sabe como é, o primeiro trabalho acadêmico a gente nunca esquece…. hehehe
Quem me dera ter estudado no Rio, Minas-Rio-Bahia são os três melhores estados do país (embora tenha estudado numa universidade pública cheia de gente com cara de cu, um mal que assola a humanidade em qualquer lugar), não que eu conheça a fundo norte-nordeste) meu esqueminha São Paulo-Paraná me dá no saco, valha-me deus! Se rolasse um movimento separatista eu sairia correndo para o lado de cima.
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O TCC é pro final do ano só, esse semestre é meio que o início da pesquisa. Não sei como é isso de prorrogar lá.
E do Rio eu gosto daquela região de Volta Redonda, Barra Mansa, Barra do Piraí, Vassouras… o vale do café, em geral. Rio capital é teste de paciência pra mim, conseguir manter a calma lá é tarefa das mais difíceis.
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Capitais também não fazem muito meu estilo, cidades medianas do interior que proporcionem ao menos um mínimo de atividades culturais me apetecem mais. Capitais são um banho cultural, mas de brinde se ganha um belo colapso nervoso. Talvez um dia eu crie vergonha na cara e me mude defintivamente para Uberlândia, hehehe
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