Porque hoje é dia do irlandês louco, oras.
O que o Dylan tem com isso e com o capítulo 7? Tudo, oras.
Nota: Recomendo a versão para criança do Ulysses AQUI. hehehe
by Adriana Scarpin
Porque hoje é dia do irlandês louco, oras.
O que o Dylan tem com isso e com o capítulo 7? Tudo, oras.
Nota: Recomendo a versão para criança do Ulysses AQUI. hehehe
Outro dia tava lendo sobre Ulisses, gente tipo Jung e Borges falando do livro – sendo que nenhum dos dois parece ter ‘lido’ mesmo, pelo menos não até o final.
O Borges cita uma frase que me deixou boquiaberto, algo assim:
“Childbed, bridebed, bed of death, ghostcandled.”
Como alguém pode escrever assim?
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Cara, o Ulysses é um prato cheio para o Jung, tanto é que consegui lê-lo justamente numa época em que estava completamente envolvida em todas vertentes possíveis da semiologia. Mas é aquela coisa, tem que ser muito apaixonado por linguística para ler um livro assim e não adianta ler a tradução em português sem ter um original ao lado para ver o que está realmente rolando, Joyce era um desses caras raros que usavam a forma para expressar a filosofia e não a filosofia para expressar a forma. Isso é que é estranho na literatura contemporânea, as pessoas não estudam mais linguística como os escritores de antigamente que tinham aula disso no que era o ginásio e colegial da época, os contemporâneos lêem muito a literatura na prática mas esquecem muitas vezes da teoria e Joyce precisa da teoria para lê-lo senão é impossível.
Mas é Ulysses é livro de criança perto do Finnegans, que ainda não terminei, mas que um dia espero terminar.
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Esqueci de falar, acabei comprando o Dublinenses por causa da dica do filme do Huston aqui – e vi o filme, claro; sensacional, e tem uma das frases que eu sempre quis saber a fonte (e que ouvi numa música há alguns anos):
“I know all about the honor of God, Mary Jane.”
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Nada mais honra Joyce do que a música, a literatura dele é profundamente arraigada à música (especialmente o Finnegans) e homem extraía música de tudo, tem até aquela historinha do livro Música de Câmera cujos poemas teriam a sonoridade do bater da urina no penico!!! hehehe, é, o home era bom.
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Outra de cair o queixo:
“A dark horse riderless, bolts like a phantom past the winningpost, his name moon-foaming, his eyeballs stars.”
É tão musical e cria imagens tão fortes que eu aposto que minha cabeça vai dar pane se eu começar a ler o livro inteiro (e nem falo de absorver tudo que tem ali, só dar de cara com essas frases).
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É pura arte e sua beleza se apresenta como tal…
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