Centenário de Carole Lombard – Parte 5

16- Suprema Conquista (Twentieth Century, Howard Hawks, 1934)Filme responsável por minha paixão simultânea e avassaladora por John Barrymore e Carole Lombard, primeiro filme que assisti de ambos, embora já conhecesse o trabalho do primo de Carole, Mr Howard Hawks. Não só é meu filme preferido com Lombard e seu primeiro grande papel, como é considerado a primeira comédia screwball do cinema e o melhor filme que fez segundo o próprio Barrymore. Também pudera, com esse elenco, roteirização de Ben Hecht, Charles MacArthur e Preston Sturges e batuta de Hawks, seria inadmissível não pecar pela excelência.

17- Cupido Ao Leme (We’re Not Dressing, Norman Taurog, 1934)Esse filme é um pé no meu saquinho. Veículo absoluto para o Bing Crosby sair cantando e ir com a Lombard para uma ilha deserta, alguma ou outra cena divertida mas nada muito relevante. Menção honrosa ao casal George Burns e Gracie Allen quando estavam no auge e um Ray Milland em início de carreira no papel de um dos príncipes a disputar a bela náufraga Lombard com o marinheiro Crosby.

18- Bolero (Wesley Ruggles / Mitchell Leisen,1934)Outro filme realmente ruim e veículo para que George Raft saísse do estigma de gangster tornando-se aos olhos do público o que realmente era: um dançarino. Neste filme tentaram transformar Carole numa espécie de Jean Harlow, com o cabelo platinado e uma maquiagem que tirava toda sua natural beleza classuda. O filme só é realmente sensacional em seu momento derradeiro, a famosa cena do Bolero de Ravel em que Lombard e Raft dançam lindamente uma coreografia que só podia ser vista num filme pre-code. A curiosidade fica por conta de algumas semelhanças da personagem de Raft com a vida de Rodolfo Valentino, especialmente quanto ao vislumbre gigolô-dançarino e morte prematura.

19- Supernatural (Victor Halperin, 1933)Ótimo horror do início dos anos 30 orquestrado pelo mesmo realizador de White Zombie, um dos primeiros classicaços sobre zumbis que se tem notícia. Aqui Halperin flerta com zumbizagem, possessão e charlatanismo num quase-precursor de Brinquedo Assassino. Carole é a atriz principal e tem a primeira grande mostra de seu talento nas cenas em que sua personagem é possuída por uma maníaca, mas os méritos também devem ser dados especialmente ao Alan Dinehart (o espiritualista), Vivienne Osborne (a condenada à morte) e, especialmente, Beryl Mercer (a vizinha chantagista). Randolph Scott aparece aqui num dos seus primeiros papéis de certa notoriedade.

20- Os Dragões da Noite / A Águia e o Gavião (The Eagle and the Hawk, Stuart Walker, 1933)No ano anterior quando Carole e Cary fizeram um filme juntos, mal se notava Grant nos créditos e em cena, aqui é o nome dela que diminiu nos letreiros e o de Grant equiparou-se com o do astro consumado Fredric March. Um grande filme de macho e antibelicista em que Carole só é enfeite.

Publicado por Adriana Scarpin

Bibliófila, ailurófila, cinéfila e anarcafeminista. Really. Podem me encontrar também aqui: https://linktr.ee/adrianascarpin

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