Ladrão de Alcova (Trouble in Paradise, 1932)

Trouble in Paradise 1Trouble in Paradise 2Trouble in Paradise 3None of us thought we were making anything but entertainment for the moment.
Only Ernst Lubitsch knew we were making art.
– John Ford

Nota: De quem foi a idéia brilhante de fazer uma mostra do Lubitsch e deixar os dois melhores filmes dele de fora??? Trouble in Paradise & Design for Living, of course!

Publicado por Adriana Scarpin

Bibliófila, ailurófila, cinéfila e anarcafeminista. Really. Podem me encontrar também aqui: https://linktr.ee/adrianascarpin

7 comentários em “Ladrão de Alcova (Trouble in Paradise, 1932)

  1. Essa é daquelas mostras que vão pro Rio depois? Se for, boa oportunidade pra eu ver os filmes dele. Quase baixei aquele com a Greta Garbo outro dia, vale a pena?

    Curtir

    1. Sei não, mas a ordem exata de que qualquer pessoa deveria passar pelo cinema do Lubitsch seria essa:
      primeiro: Trouble in Paradise, segundo: Design for Living, terceiro: Bluebeard’s Eighth Wife, quarto: To Be or Not to Be, o que obviamente obedece uma ordem cronológica, e os demais filmes podem ser vistos em qualquer ordem! É lógico que eu não fiz isso, o primeiro que vi dele foi o To Be or Not to Be, mas só depois que vi os três primeiros supracitados é que pude ter uma visão mais sã sobre aquele, que no fim das contas é o filme mais singular dele, por se ater ferozmente à sátira política.
      Sei não do Ninotchka, é lógico que vale a pena, mas putz, eu acho que tem pelo menos um dez filmes do Lubitsch melhores do que aquele, mas todo mundo adora esse filme.

      Curtir

  2. Será coincidência que os dois melhores filmes do Lubistch tenham sido realizados pouco antes do Código Hayes? Não vi muitos filmes do diretor, e acredito que a maioria sejam excelentes, mas não terá o Código Hayes podado um pouco da criatividade do diretor alemão ao apontar o que se poderia ou não ser filmado, logo com Lubistch, que era um grande safado na questão de inserir sutilezas picantes nas suas comédias sofisticadas? De qualquer modo, vou procurar ver os outros dele.

    Curtir

    1. Não é coincidência não, sempre menciono isso, sou meio obcecada com o cinema pre-code americano, há coisas mais erotizadas no cinema daquele período do que muita coisa sem sal que a gente vê hoje. Uma excessão da obra pós-code é justamente o Bluebeard’s Eighth Wife que é absolutamente brilhante em burlar o código (roteiro de Billy Wilder e Charles Brackett!), o filme fala de sexo o tempo todo, mas não tem como censurar porque a trama se desenrola justamente a partir do ato de Colbert não faz sexo com o Cooper. É absolutamente brilhante como as coisas foram feitas e o Wilder também sempre dizia que a maioria das grandes idéias já constadas nos roteiros de filmes do Lubitsch eram contribuições do próprio, mas ele jamais se creditava como co-roteirista, o que é um pecado. Mas quem se deu bem mesmo com as burlas do Hays Code foi o Preston Sturges, outro cara por quem nutro certa obsessão.

      Curtir

  3. Eu to vendo os filmes do Sternberg, não sei como ele conseguiu fazer tanta coisa naquela época. Pensando nas proibições do código, parece que ele só filmava pra zoar os caras! É quase um milagre ele ter uma filmografia daquelas.

    Curtir

    1. O Sternberg é outro que foi podado, os filmes dele na Alemanha e durante o pre-code são bem mais “hardcore”, mas como excelente cineasta que é, ele também soube driblar a censura lindamente, sem mencionar que ele sempre contava com Dietrich que por si só já era um atentado violento ao pudor. O Hawks também driblava que era uma beleza (juro que vi o Cary Grant beijando a Jean Arthur de boca aberta – algo proibido! – em Only Angels Have Wings), tanto que ele é o pai do screwball com o Twentieth Century, e o screwball foi a resposta sacaninha ao moralismo do código: não pode mostrar a vida como ela é? Então a gente camufla com gente maluca!

      Curtir

  4. Ontem passei num sebo e vi o livro “O ABC de Marlene Dietrich”. São comentários dela sobre várias coisas, fui logo na letra S e achei:

    STERNBERG, JOSEF VON – “O homem a quem mais quis agradar”.

    Aí lembrei que tinha visto isso no Flickr:

    COMO ELA NÃO FEZ MAIS FILMES COM ELE?????????????

    Curtir

Deixe um comentário