Ó céus, como amo as mulheres de Michael Mann. No último fim de semana cheguei à conclusão que os únicos cineastas ainda em atividade capazes de me emocionar são Mann e Eastwood. O pior é que eles o fazem de forma honesta. E sim, Mademoiselle Cotillard é meu mais novo amorzinho.
De fato, Clint e Mann são os autores dos dois melhores filmes do ano até agora. E essa francesinha é um achado.
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Mann é um absurdo. Além de ser o verdadeiro grande esteta do cinema hoje, ele tem um feeling desgraçado para o ser humano, mesmo os personagens menores com pouco tempo em cena são mostrados de uma forma que nos faz saber tudo sobre essas pessoas.
E foi bom ver o Depp saindo da sua rotina excêntrica para vitalizar um cara normal, o que me preocupa é o Bale que anda cada vez mais apagado, quando no passado era ele quem roubava todas as cenas dos filmes de que participava.
Mas um momento de grande êxtase pra mim, especialmente relacionando com sua ausência nas versões do Nosseck e do Millius, é o extremo paralelo entre o Manhattan Melodrama e a vida do assaltante, quer dizer, o filme se tornou icônico por ter matado Dillinger, mas nunca haviam relacionado de forma tão brilhante, especialmente naquela relação Billie Frechette-Myrna Loy, o que explica a minha fascinação pela personagem, já que o Manhattan Melodrama foi co-dirigido por George Cukor e alí Myrna Loy era uma das mulheres de Cukor. Nesse meio tempo me fez pensar o quanto o William Powell e o Clark Gable deram má sorte para três dos maiores ícones dos anos 30: Dillinger foi morto saindo de um filme com Powell e Gable, Jean Harlow formou o grande casal das telas daquela década ao lado de Gable e na ocasião de sua morte era noiva de Powell, Gable e Powell foram os únicos maridos de Carole Lombard. No final das contas é tudo culpa de Gable e Powell!
Quanto à Cottilard, ela tinha me proporcionado um WOW quando fez Piáf, mas aquele é um dos papéis que fazem o ator segurar o filme nas costas e eu nunca tinha ouvido falar dela antes, o que me levou a pensar que ela poderia ser aquelas atrizes que ficariam eternamente estigmatizadas por um único papel, o que felizmente não é o caso.
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Adoro mulher que tem essa aura chique, elegante. Linda!
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Essa mulher é completamente apaixonante, ainda bem que ainda há espaço para pessoas como ela no cinemão e não apenas para as barbies da vida. Ela tem um ar inato de grande fragilidade mas ao mesmo tempo com uma força estupenda, enfim, ela é absolutamente linda mesmo.
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Eu incluiria outros nessa lista (Cronenberg, por exemplo), mas Mann e Eastwood representam algo que parece não existir mais naqueles lados – infelizmente.
E ainda nem vi o filme, mas já sei que é sensacional. O cara manja, porra!
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Veja bem, Cronenberg é excelente, mas ele não me emociona. Assim como não me emocionam vários outros cineastas que considero os melhores da atualidade em qualquer lugar do mundo, mas Mann e Eastwood têm o poder de dilacerar meu coração.
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Obras como “Inimigos Públicos” e “Gran Torino” são incomuns atualmente. Temos que levar as mãos ao céu por ainda termos a chance de vê-las na tela grande.
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Coisa pela qual agradeço fortemente. Agora que comecei a ler algumas coisas do que está sendo dito sobre Inimigos Públicos e algo me assustou quanto ao público americano, já que eles não têm gostado muito em sua maioria, em compensação com o público francês o filme está com uma aceitação altíssima (em ambos os casos estou falando de público mesmo e não da crítica), isso é algo preocupante pois faz pensar até quando ainda poderemos ver obras como essa sendo lançadas em pleno verão americano.
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