10 anos de Clube da Luta

Fight Club - Marla SingerSe não me engano, foi em novembro de 1999 que vi Clube da Luta pela primeira vez, o dia obviamente não me lembro, mas foi no cinema e eu estava sem óculos – pois na época eu tinha três graus de miopia e não sabia – e não sabia mesmo, já que ninguém tem noção de quão cego é até o momento em lhe é proporcionada a clareza de visão, que o diga Miguilim. Era uma época infernal da minha vida, onde estudava à noite numa cidade, trabalhava em outra e ia dormir numa terceira durante três ou quatro horas – nessa época parei de fazer análise por falta de tempo e matava aula para ir ao cinema, foi numa dessas escapadelas que me deparei com Clube da Luta.
Nestes dez anos ouviu-se muita coisa em torno do filme, alguns apontamentos banais, outros mais profundos, muita diarréia intelectual ou vômito iliterato, mas nada disso tira o peso que Clube da Luta significa para mim, seja na sua construção junguiana, seja no seu aspecto seminal dentro de uma década, seja no puro fato que me toca pessoalmente mais do que qualquer filme ou idéia que algumas pessoas insistem em atochar garganta adentro umas das outras sem levar em conta a herança cultural individual delas.Fight Club - PorãoYeah, in a basement. You know, fightin’ in a basement offers a lot of difficulties. Number one being, you’re fightin’ in a basement! – Brad Pitt no OUTRO filme, soando mais lacaniano que junguiano.

Publicado por Adriana Scarpin

Bibliófila, ailurófila, cinéfila e anarcafeminista. Really. Podem me encontrar também aqui: https://linktr.ee/adrianascarpin

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