Dearden não era notoriamente sensacional (vamos combinar, o que faz de Dead of Night tão incrível é mesmo o Alberto Cavalcanti – por isso mesmo tal filme fica fora desta lista), mas o cara teve grandes momentos espalhados por sua obra e pelo menos dois filmes que considero essenciais: Victim e All Night Long. O primeiro porque é um tratado contra a criminalização do homossexualismo e ver o Bogarde dando a cara a tapa daquela maneira durante tal período crítico é muito foda, além de ser uma espécie de Peeping Tom dos homofóbicos. O segundo porque é uma transposição certeira de Othello para o mundo do jazz com direito a jam de Charlus Mingus com Dave Bruback e é absolutamente divino em sua construção, dando a impressão de tempo real onde todo o enredo da peça se passa durante uma jam session contínua. Há também o Mind Benders que tinha tudo para ser uma obra prima mas por alguma razão acaba bem aquém de suas possibilidades, um mal de que sofre igualmente o seu maior influenciado, o Altered States de Ken Russell. A triste verdade é que ao ver os filmes dele o pensamento que se tem é “putz, essa história seria ótima pelas mãos de tal cineasta!” tal como Woman of Straw e The Secret Partner nas mãos do Hitchcock ou o The Man Who Haunted Himself nas mãos do Cronenberg dos anos 80, o que não acaba sendo muito lisongeiro para com Mr Dearden, porque mesmo tendo uma obra irregular jamais passou por medíocre ou menos que razoável. Top- dúzia, então:












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