Aquele momento de House foi tão interessante por não ser tão anárquico quanto poderia parecer, a cena da festa foi engraçada porque Hugh Laurie de fato se vestia daquele jeito nos anos 80.
Bibliófila, ailurófila, cinéfila e anarcafeminista. Really.
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6 comentários em “As três faces de George”
Achei num sebo o roteiro que o Harold Pinter escreveu pro Losey baseado no Proust – “The Proust Screenplay”. Já ouviu falar? Provavelmente sabia do projeto e que nunca chegou a ser feito, mas não sei se já sabia que tinha por aí pra ler e tal.
Na verdade até tenho uma edição dos anos 70 que também achei num sebo por uns pares de contos (toda essa história desse filme do Losey versus a versão do Visconti sempre me fascinou muito, aliás toda a eterna concorrência que eles realmente tinham um com o outro sempre foi sensacional e essa coisa do Proust foi o ápice disso), mas encontrar isso num sebo é algo além do imaginável – quem diabos se desfaz de algo assim? Essa semana achei uma edição mimo do Hollywood Babylon do Kenneth Anger (que é mais um objeto de culto do que propriamente uma obra literária de respeito) num sebo por uma bagatela também.
Os caminhos que o Pinter encontrou para a narração do catatau são absolutamente brilhantes, embora não tenha certeza de que se filmado eu fosse gostar, o ideal dessas coisas é nunca fazer adaptações oficiais e sim releituras extra-oficiais (tipo a Jane Eyre contra os Zumbis do Tourneur). E sabe o que me satisfaz? Christopher Hampton é hoje o pupilo mais bem sucedido do Pinter (Atonement inclusive é uma espécie de releitura do Go-Between) e muito me apetece A Dangerous Method/The Talking Cure ser dele. Hampton literalemente aprendeu a adaptar com Pinter, ele até conta uma história de quando o convidaram a primeira vez em fazer adaptação pra cinema a primeira coisa que ele fez foi ir até uma livraria comprar cinco roteiros do Pinter e os cinco livros em que os respectivos eram baseados e aprender a partir daí como é que se adapta uma obra com propriedade – e essa é mesmo uma grande técnica, os roteiros do Pinter se sustentam como obras literárias por si e não apenas como mais uma peça na maquinaria do filme.
Além dos projetos simultâneos envolvendo Proust, Dirk Bogarde na mesma época também é um dos centros das disputas de Visconti e Losey. Deveriam ser mais estudadas e divulgadas essa concorrência entre o ego e o talento desses dois gênios (acho que você chegou a publicar ou comentar fragmentos a respeito da rivalidade entre eles).
Também tem a história do piti que o Visconti deu quando o Helmut Berger foi trabalhar com o Losey em The Romantic Englishwoman. Acho que roubar o marido do outro, mesmo que profissionalmente, foi longe demais, hehehe.
Achei num sebo o roteiro que o Harold Pinter escreveu pro Losey baseado no Proust – “The Proust Screenplay”. Já ouviu falar? Provavelmente sabia do projeto e que nunca chegou a ser feito, mas não sei se já sabia que tinha por aí pra ler e tal.
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Na verdade até tenho uma edição dos anos 70 que também achei num sebo por uns pares de contos (toda essa história desse filme do Losey versus a versão do Visconti sempre me fascinou muito, aliás toda a eterna concorrência que eles realmente tinham um com o outro sempre foi sensacional e essa coisa do Proust foi o ápice disso), mas encontrar isso num sebo é algo além do imaginável – quem diabos se desfaz de algo assim? Essa semana achei uma edição mimo do Hollywood Babylon do Kenneth Anger (que é mais um objeto de culto do que propriamente uma obra literária de respeito) num sebo por uma bagatela também.
Os caminhos que o Pinter encontrou para a narração do catatau são absolutamente brilhantes, embora não tenha certeza de que se filmado eu fosse gostar, o ideal dessas coisas é nunca fazer adaptações oficiais e sim releituras extra-oficiais (tipo a Jane Eyre contra os Zumbis do Tourneur). E sabe o que me satisfaz? Christopher Hampton é hoje o pupilo mais bem sucedido do Pinter (Atonement inclusive é uma espécie de releitura do Go-Between) e muito me apetece A Dangerous Method/The Talking Cure ser dele. Hampton literalemente aprendeu a adaptar com Pinter, ele até conta uma história de quando o convidaram a primeira vez em fazer adaptação pra cinema a primeira coisa que ele fez foi ir até uma livraria comprar cinco roteiros do Pinter e os cinco livros em que os respectivos eram baseados e aprender a partir daí como é que se adapta uma obra com propriedade – e essa é mesmo uma grande técnica, os roteiros do Pinter se sustentam como obras literárias por si e não apenas como mais uma peça na maquinaria do filme.
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Além dos projetos simultâneos envolvendo Proust, Dirk Bogarde na mesma época também é um dos centros das disputas de Visconti e Losey. Deveriam ser mais estudadas e divulgadas essa concorrência entre o ego e o talento desses dois gênios (acho que você chegou a publicar ou comentar fragmentos a respeito da rivalidade entre eles).
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Também tem a história do piti que o Visconti deu quando o Helmut Berger foi trabalhar com o Losey em The Romantic Englishwoman. Acho que roubar o marido do outro, mesmo que profissionalmente, foi longe demais, hehehe.
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I will think about now.
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