Achado bloguístico do dia: Tenho Estado a Ler Whitman

Quem diria, Jimmy Stewart!

Tenho Estado a Ler Whitman

Concordo com a frase acima, talvez minhas entranhas tenham mais a ver com Heathcliff e Rochester do que com Colonel Brandon e Mr Darcy, embora esses dois últimos seriam mesmo opções melhores para uma pessoa sensata. As Brontë eram demasiado intensas para pessoas que passaram grande parte da vida enfurnadas no meio do nada, é exatamente por isso que o eram, nada como ser prisioneira da própria psique para deixar os demônios virem à tona.

Mas o verdadeiro Proust in Hell seria isso aqui:

A rumor is circulating that Martin Scorsese is going to co-produce (with Eli Roth) the abandoned Losey-Pinter version of Proust’s REMEMBRANCE OF TIMES PAST to be directed by Quentin Tarantino with Joe Pesci playing the Baron de Charlus.

PnP · Powell & Pressburger Appreciation Society

Que vem a ser a melhor sentença sarcástica que li em toda minha vida internética, mas que daria o fígado para ser verdade. Hahaha.

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Publicado por Adriana Scarpin

Bibliófila, ailurófila, cinéfila e anarcafeminista. Really. Podem me encontrar também aqui: https://linktr.ee/adrianascarpin

6 comentários em “Achado bloguístico do dia: Tenho Estado a Ler Whitman

  1. Você chegou a ler o roteiro do Pinter? Não lembro se falei aqui (provavelmente falei), achei num sebo e acabei comprando pra dar de presente.

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    1. Li sim, comprei também num sebo por uma ninharia (acho que foram uns 18, 20 reais?) e queria tanto escaneá-lo para colocá-lo por aí já que me parece que não há versão online dele, mas não tenho coragem por ser livro-relíquia e escanear destrói os livros… e guardo ele num saquinho!

      *feliz com o outro rumor mais plausível: Fassbender no Django Unchained*

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  2. O Pesci com toda aquela ambiguidade/ferocidade dos filmes que fez com Scorsese seria bem curioso como Barão de Charlus. E embora possa haver boas adaptações do francês (a do Ruiz, por exemplo) sempre será muito mais divertido imaginar esses projetos do que vê-los na tela (levando em conta as versões anteriores pro cinema).
    Na verdade a melhor sentença sarcástica (e séria, como bem acredito que fosse) que já li sobre Proust foi uma que você certa vez escreveu imaginando uma adaptação experimental de toda a série com Dirk Bogarde interpretando todos os personagens (incluindo os femininos). Essa sim eu daria um fígado para que se pudesse voltar no tempo e acontecesse de verdade hehe.

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    1. Hahaha eu disse isso? Se disse, foi sério mesmo (na verdade não faço muito uso de sarcasmo, as bobagens que escrevo em geral são sinceras – rá!), porque é uma excelente idéia e tem tudo a ver com o Proust já que o trabalho dele não peca pela objetividade e sim pela subjetividade no melhor estilo eu sou todos e todos sou eu.
      Quanto ao Pesci, não tem como, simplesmente não dá – porque há de levar em consideração que Charlus deve ser um homem vistoso que não sobreatue, que saiba manter ir do flamboyant à discrição sem perder o controle, hoje temos exemplos natos disso em gente como Daniel Day Lewis e Michael Fassbender (por isso mesmo não gostava muito da idéia do Brando de Visconti ser o Charlus, Brando não tinha a verve do Bogarde – que aparentemente se aprende no teatro inglês), a não ser é claro, que o filme fosse mesmo dirigido pelo Tarantino e apenas ele para complementar o ar de nonsense geral.

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