Not every man has gentians in his house
in soft September, at slow, sad Michaelmas.
Bavarian gentians, big and dark, only dark
darkening the daytime, torch-like, with the smoking blueness of Pluto’s
gloom,
ribbed and torch-like, with their blaze of darkness spread blue
down flattening into points, flattened under the sweep of white day
torch-flower of the blue-smoking darkness, Pluto’s dark-blue daze,
black lamps from the halls of Dis, burning dark blue,
giving off darkness, blue darkness, as Demeter’s pale lamps give off
light,
lead me then, lead the way.
Reach me a gentian, give me a torch!
let me guide myself with the blue, forked torch of this flower
down the darker and darker stairs, where blue is darkened on blueness
even where Persephone goes, just now, from the frosted September
to the sightless realm where darkness is awake upon the dark
and Persephone herself is but a voice
or a darkness invisible enfolded in the deeper dark
of the arms Plutonic, and pierced with the passion of dense gloom,
among the splendor of torches of darkness, shedding darkness on
the lost bride and her groom.
Bavarian Gentians – D.H. Lawrence
Lawrence could never forget, as most of us almost continuously forget,
the dark presence of the otherness that lies beyond the boundaries of man’s conscious mind.
The Letters of D. H. Lawrence – Aldous Huxley
Dia de Saint Michael the Archangel, o nosso São Miguel Arcanjo, responsável por mandar Lúcifer para as profundezas do inferno.
Também marca o Rosh Hashaná deste ano, ou seja, a criação do Universo e o Dia do Julgamento num círculo fechado.
E amanhã é dia de Saint Michael the Powell, o nosso Michael Powell, responsável por mandar muitos para as profundezas do inferno.
Powell nasceu no distrito de Canterbury e acho pouco provável que tenha sido batizado Michael por mera coincidência, nascer alí é para os ingleses o mesmo que nascer na Aparecida do Norte para os brasileiros, em Fátima para os portugueses, em Lourdes para os franceses.
E não, não há gentianas azuis em Black Narcissus ou Gone to Earth, que possuem uma diversidade de tipos de flores… Não serve salpiglossis? Mas isso é um problema do Lawrence, porque a flor símbolo de Perséfone é mesmo… o narciso, era isso que ela colhia quando raptada por Hades. Então, se Lawrence não trocasse de flores, tivesse incluído as Romãs que Perséfone comeu para se unir a Hades assim como tradicionalmente são comidas no Ano Novo Judáico e a mãe de Powell não tivesse dado à luz horas depois, este seria um post perfeito. Bom, mas o que tornaria o post perfeito deixaria o poema uma bosta e sem sentido algum, porque sem intervenção do homem não existem narcisos de tonalidade escura e as flores de Lawrence estavam escuríssimas nessa época em que o poema foi escrito, pouquíssimo tempo antes de sua morte.
Para uma análise supimpa do fenomenal poema de Little David recomendo fervorosamente este post do The Wondering Minstrels