Kawashima é a transição entre os grandes mestres surgidos no cinema mudo e a nouvelle vague japonesa, morreu muito cedo aos 45 anos sem não antes deixar algumas grandes obras, além de tudo é considerado por Shohei Imamura como seu grande professor. Top-5, então: 1- The Graceful Brute (Shitoyakana kedamono, 1962): Esse filme é paraContinuar lendo “Centenário de Yuzo Kawashima”
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Centenário de Michiyo Kogure
Musa de Kenji Mizoguchi por cinco filmes na última fase do diretor e de quebra ainda trabalhou com Ozu, Kurosawa e Naruse, Kogure pode não ser uma lenda no ocidente, mas também não pode passar desapercebida. Ser com Ozu e Kurosawa mostrou toda sua acidez, enquanto Naruse a mostrou como uma espécie de Capitu japonesa,Continuar lendo “Centenário de Michiyo Kogure”
Em defesa da vadiazinha
Notei que há muita gente por aí rebaixando a capacidade dramática da Little Veda, quando na verdade não há absolutamente nada de errado na sua atuação. Veda tem todos os sintomas possíveis de psicopatia (e isso fica claro tanto no livro do Cain, quanto na versão para o cinema e nesta minissérie) e nos trêsContinuar lendo “Em defesa da vadiazinha”
A Tempestade (The Tempest, 1979)
The only British feature director whose work is in the first rank – Jarman sobre Michael Powell Michael Powell passou mais de vinte anos de sua vida correndo atrás da sua tão sonhada adaptação de The Tempest, do início dos anos 50 até meados dos 70, quando quase chegou às vias de fato com JamesContinuar lendo “A Tempestade (The Tempest, 1979)”
The Cheshire Cat
Lógico que quero um gato ronronando feito o Stephen Fry 24 horas ao dia, mas o problema do Cheshire Cat é que apesar da voz ultra charmosa e com isso Fry proporcionar a melhor personalidade do gato desde sempre, em essência ele foi totalmente aniquilado e ninguém aniquila o melhor e mais extraordinário personagem deContinuar lendo “The Cheshire Cat”
24 frames: Coração Indômito (Gone to Earth, 1950)
Ignoro o motivo pelo qual Gone to Earth foi um dos maiores fracassos na bilheteria de P & P, o filme é excelente – é o máximo que qualquer cineasta chegou da obra de D.H. Lawrence (embora este subtraia a condição do feminino em danação e aquele a esclareça), em especial porque nem sequer foiContinuar lendo “24 frames: Coração Indômito (Gone to Earth, 1950)”
O Seu Pior Inimigo (The Small Back Room, 1949)
The Small Back Room é brilhante em sua simplicidade – ao menos no sentido de simplicidade segundo os critérios de Powell & Pressburger, sem os habituais cenários grandiloquentes, technicolor efusivo ou grandes jornadas pessoais com toque no fantástico. É um filme pequeno, com clima e aparência de noir travestido em filme de guerra, mas queContinuar lendo “O Seu Pior Inimigo (The Small Back Room, 1949)”
Festival Zweig no cinema: Yi ge mo sheng nu ren de lai xin (2004)
Parece sacrílego alguém adaptar um livro que já fora adaptado por Max Ophuls, porque uma dessas verdades inatas no mundo do cinema é de que existem certos cineastas cuja visão jamais conseguirá ser suplantada e Ophuls é uma dessas criaturas que carregam tal cruz. Como melhorar algo que Ophuls já colocara as mãos? Mesmo queContinuar lendo “Festival Zweig no cinema: Yi ge mo sheng nu ren de lai xin (2004)”
Festival Zweig no cinema: Non credo più all’amore (1954)
Não devo mentir, as liberdades tomadas em relação à novela Medo (Angst) me causaram grande desconforto. Em questões de moralidade, o trabalho de Zweig muito me lembrava O Primo Basílio de Eça de Queiroz – onde uma dona de casa enfadada resolve ter um caso simplesmente por não ter nada mais produtivo para fazer. OContinuar lendo “Festival Zweig no cinema: Non credo più all’amore (1954)”
Festival Zweig no cinema: 24 heures de la vie d'une femme (2002)
Talvez 24 Horas na Vida de uma Mulher seja a novela do Zweig que mais aprecio (e o Freud também) e se não for, está certamente entre as três preferidas. Lida mais uma vez com uma protagonista, pois a identificação com o feminino sempre foi o forte da escrita de Zweig, normalmente com o temaContinuar lendo “Festival Zweig no cinema: 24 heures de la vie d'une femme (2002)”
Jennifer Jones (1919 – 2009)
Devo mencionar que eu não gostava dela, muitas vezes em cena ela chegava a me causar real desconforto, fazendo crer que o único motivo pelo qual ela conseguia papéis em alguns excelentes filmes que por pouco não conseguia estragar era por conta do todo poderoso seu marido, David O. Selznick – e este, minha gente,Continuar lendo “Jennifer Jones (1919 – 2009)”
Alive in Joburg (2005)
Quando certa manhã Wikus Van De Merwe acordou de sonhos intranqüilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num camarão monstruoso. Devo confessar. De todos os filmes que vi no cinema este ano, acho que Distrito 9 foi o que mais me impressionou. Qualquer outro filme que utilizasse aquele aspecto semi-documental com câmeras tremilicantes misturado esquizofrenicamente aContinuar lendo “Alive in Joburg (2005)”
Assim Morrem os Bravos (The Glory Guys, 1965)
Continuando com a saga de filmes não creditados com Sam Peckinpah parcialmente na direção, agora é a vez do The Glory Guys, cujos eventos que o levaram a dirigir apenas algumas cenas me são ignorados, igualmente quanto a quais cenas seriam estas, mas não os fatos de que ele assina o roteiro e de queContinuar lendo “Assim Morrem os Bravos (The Glory Guys, 1965)”
Aria (1987)
Nicolas Roeg – Un Ballo in Maschera (Giuseppe Verdi) Devo julgar que este segmento é verdadeiramente uma pequena obra prima. Roeg leva às últimas consequências o conceito de Baile de Máscaras, onde as personas se mesclam, sejam no âmbito social quanto no sexual, mulheres em papéis de homens, mulheres em papéis de mulheres, homens emContinuar lendo “Aria (1987)”
Jogando com a Vida (Jinxed! 1982)
Working with star-actresses is demanding in terms of time and attention, and, yes, coddling, sometimes. People like Streisand and Goldie Hawn require reassurance, and they need to know their imput is valuable and possible. That’s why I don’t think male chauvinists can successfully direct strong females, as Don Siegel found out with Bette Midler inContinuar lendo “Jogando com a Vida (Jinxed! 1982)”
Rosita (1923)
“I parted company with him as soon as I could. I thought he was very unispired director. He as a director of doors. Everybody came in and out of doors… He’s a good man’s director – good for Jannings and people like that. But for me he was terrible. To tell the truth, I neverContinuar lendo “Rosita (1923)”
Cem anos de Sadao Yamanaka
É quase impossível localizar a importância do cinema de Yamanaka de forma precisa, justamente porque apenas três dos seus dezenas de filmes podem ser vistos hoje, mas é consensual de que foi um dos mestres construtores do jidaigeki em seu princípio – coisa que pode ser facilmente notado apenas assistindo Ninjo Kami Fusen (1937), KōchiyamaContinuar lendo “Cem anos de Sadao Yamanaka”
Momento Fassbender
Esta cena passada no bar La Louisiane, é como ‘Cães de Aluguel’, mas com Nazis e Alemães. A cena tem 23 minutos, toda passada num pequeno bar. La Louisiane foi muuuito importante. Considero como uma das cenas mais importantes de todos os meus filmes. Sempre disse que se fizessemos La Louisiane, todo o resto pareceriaContinuar lendo “Momento Fassbender”
Cem anos de Elia Kazan – Parte 1
Dale Bennett escreve roteiros cinematográficos e era, naquela época, um dos meus melhores amigos. Ganhou uma vez um prêmio da Academia e, mais cedo ou mais tarde, alguém acaba sempre por lhe dar um emprego, apesar de aquilo que escreve ser dez anos antiquado, mesmo para Hollywood. No entanto, está inteiramente convencido de que seuContinuar lendo “Cem anos de Elia Kazan – Parte 1”
Centenário de Elias Kazanjoglou – Parte 2
13- O Compromisso (The Arrangement, 1969) Everyone become a salesman here. If you don’t sell anything else, you sell yourself. Ours is a society dominated by business, and the economic pressure even at the upper-middle-class level is fantastic. The epitome of this business civilization is the advertising industry. Everyone feels some degradation, some violation ofContinuar lendo “Centenário de Elias Kazanjoglou – Parte 2”
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